As prestações do pagamento dos empréstimos para habitação vão passar a ter um indexante de 70% da Euribor, o que significa um desconto de até 30% nos juros da casa. Na prática, as famílias que assim o pretendam poderão adiar por dois anos o impacto da subida das taxas de juros que se tem feito sentir, sendo certo que terão de começar a pagar essa diferença quatro anos depois — ainda que o pagamento vá ser diluído durante os anos que faltarem para a amortização do empréstimo.

A informação é avançada pelo jornal Público, merecendo também destaque do Eco e do Jornal Económico. Estas medidas serão apresentadas por Fernando Medina, no Conselho de Ministros agendado para esta quinta-feira. No essencial, o Governo está a avançar com mecanismo que permite a redução de 30% na taxa de juro por dois anos.

Tal como vinha sendo anunciado pelo Executivo socialista, também a bonificação do crédito à habitação vai sofrer alterações: a medida vai ser alargada e simplificada de forma a chegar a mais famílias, aquelas que têm já hoje taxas de esforço acima de 35%, mas, sobretudo, para as que têm taxas de esforço acima de 50%.

Detalha o Público que a medida será aplicada sempre que a taxa de juro indexante ultrapasse os 3% e que os detentores de créditos tenham taxas de esforço superiores a 35%. Se a taxa de esforço for entre 35% e 50%, a parcela de juros a bonificar passa a ser de 75%; se o esforço estiver acima de 50% dos rendimentos, a bonificação passa a ser de 100%.

Até ao momento, o diploma prevê um apoio anual máximo de até 1,5 Indexante de Apoios Sociais (IA), ou seja, de até 720 euros anuais, fazendo depender este apoio da subida das taxas de juro e do seu impacto na taxa de esforço com o empréstimo das famílias que pediram até 250 mil euros de empréstimo, e com rendimento até ao 6.º escalão do IRS.

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