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Caças são considerados por vários especialistas como um elemento fundamental para a Ucrânia reconquistar territórios ocupados. Em qualquer cenário, a contraofensiva "vai levar tempo"

Anadolu Agency via Getty Images

Caças são considerados por vários especialistas como um elemento fundamental para a Ucrânia reconquistar territórios ocupados. Em qualquer cenário, a contraofensiva "vai levar tempo"

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Diário de uma contraofensiva. A nova fase da guerra arrancou, mas Kiev precisa de "golpe de génio" para cruzar linhas de defesa russas

No arranque da contraofensiva, Kiev disse ter libertado sete povoações, enquanto Moscovo garantiu infligir baixas pesadas. Para recuperar fronteiras, Ucrânia tem de enfrentar defesas bem preparadas.

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De bandeira azul e amarela na mão, os soldados da 68.ª Brigada ucraniana Oleksa Dovbush sobem em procissão as escadas de um edifício em ruínas, desviando-se dos destroços espalhados pelo caminho. Ao chegar ao patamar superior, um dos combatentes, de nome de código Olympus, toma a dianteira para erguer o símbolo nacional ucraniano na parede de janelas destroçadas da fachada. Com o gesto, proclamava que a localidade de Blahodatne, na fronteira da região de Donetsk e Zaporíjia, estava novamente nas mãos do povo ucraniano. Foi a primeira de várias pequenas conquistas que marcaram o arranque da contraofensiva ucraniana.

“Os invasores resistiram até ao fim, mas não foram capazes de travar as nossas ações”, anunciava a brigada, no último domingo, com uma publicação nas redes sociais, onde partilhava um vídeo do momento em que a bandeira ucraniana regressou à povoação, depois de vários meses de ocupação pelas forças russas. Pouco depois chegava a confirmação oficial através de Valeri Shershen, o porta-voz das Forças Armadas na região de Tavria: “Estamos a ver os primeiros resultados da contraofensiva ucraniana”, celebrava. Esta segunda-feira, já se somavam mais seis povoações libertadas: Lobkove, Levadne e Novodarivka, em Zaporíjia, e Makarivka, Storozhove e Neskuchne, em Donetsk.

A nova fase da guerra terá começado há pouco mais de uma semana, a 4 de junho. Mas foi só a meio da semana passada que o Presidente Volodymyr Zelensky admitiu pela primeira vez que a aguardada contraofensiva tinha mesmo arranco, e 24 horas depois começaram a chegar os primeiros relatos de progressos na linha da frente. Depois do silêncio que antecedeu o início da mais recente resposta ucraniana, Kiev parece agora querer repetir a estratégia do ano passado, em que, dia após dia, ia confirmando os progressos bem sucedidos que levaram à libertação da cidade de Kherson e dos territórios sob ocupação russa na região de Kharkiv.

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Mas depois de muitas hesitações e falsos começos, a contraofensiva acabou por chegar “tarde”, já muito próximo do verão. É o que considera Jamie Shea, membro do think tank britânico Chatham House. Há, no entanto, uma explicação que o investigador apresenta para explicar esse dado: a primavera foi muito húmida e lamacenta para as operações com blindados e os ucranianos tiveram que esperar a chegada em número suficiente do armamento prometido pelo Ocidente, incluindo os poderosos tanques modernos. O major-general Isidro de Morais Pereira, antigo representante de Portugal na NATO, sublinha que a contraofensiva começou quando tinha de começar, mesmo que ainda sem os muito necessários caças ocidentais. Agora, Kiev enfrenta a desafiante tarefa de romper as linhas de defesa russas, preparadas ao longo de vários meses.

Movimentações no terreno: o que aconteceu na primeira semana da contraofensiva?

“Ações de contraofensiva e de defesa estão a decorrer na Ucrânia (…). Eles [generais] estão otimistas. Transmitam isso ao Putin.” Foi com estas palavras que o Presidente Zelensky admitiu pela primeira vez que a nova fase da guerra tinha começado, sem contudo revelar mais detalhes. Mas antes deste anúncio já vários oficiais ucranianos tinham confirmado, sob condição de anonimato, o arranque da contraofensiva a algumas publicações internacionais. O Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank norte-americano que tem acompanhado a evolução do conflito há mais de um ano, apontava no mesmo sentido e definia mesmo uma data para o início das operações: aquele domingo, 4 de junho. Mas, afinal, o que aconteceu na primeira semana da tão aguardada contraofensiva ucraniana?

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Após uma semana de ações no terreno, forças ucranianas garantem ter recuperado o controlo de várias localidades na região de Donetsk

Global Images Ukraine via Getty

Domingo, 4 de junho 

O que diz a Rússia: O Ministério da Defesa, liderado por Sergei Shoigu, reconheceu que Kiev lançou uma grande ofensiva em Donetsk, com seis batalhões mecanizados e dois batalhões de tanques. Garantia que “o inimigo não teve sucesso” e apontava números: 250 ucranianos mortos; 16 tanques, três veículos de infantaria e 21 blindados de transporte destruídos.

O que diz a Ucrânia: O Centro de Comunicações Estratégicas ucraniano não abordou diretamente as alegações russas, mas acusou Moscovo de espalhar mentiras. No relatório diário sobre o conflito não se viu nenhuma menção a uma operação em larga escala em Donetsk, mas antes a 29 confrontos nessa região e em Luhansk, além de 15 ataques aéreos sobre os russos. Por esta altura, já crescia a especulação sobre a contraofensiva.

Segunda, 5 de junho 

O que diz a Rússia: O comandante do batalhão Vostok revelou que foram avistados em Donetsk os primeiros tanques Leopard, fornecidos a Kiev pelo Ocidente. Vários bloggers militares russos, entre os quais Semyon Pegov, denunciaram ataques ucranianos perto de Velyka Novosilka, localidade a 34 quilómetros de Vuhledar, cidade de cujas linhas ferroviárias os russos dependem para abastecer as tropas.

O que diz a Ucrânia: O comandante das Forças Terrestres celebrou avanços perto de Bakhmut, cidade em Donetsk que a Rússia disse ter ocupado por completo há um mês. A conquista foi liderada pelo grupo Wagner, que entregou as posições ao exército regular russo e reconheceu, na segunda-feira, a perda da localidade Berkhivka.

Terça-feira, 6 de junho

O que diz a Rússia: O dia arrancou com a inesperada explosão que atingiu a barragem de Nova Kakhovka, na margem oriental do rio Dinpro. A Rússia acusou a Ucrânia de cometer um “ato de sabotagem deliberado” para cortar o abastecimento de água à Crimeia (anexada em 2014) e desviar a atenção de uma contraofensiva que não estaria a correr bem.

O que diz a Ucrânia: Kiev reagiu primeiro à destruição da barragem, que inundou inúmeras vilas e localidades nas margens do Dinpro. Um porta-voz do exército garantiu que Moscovo organizou a explosão para prevenir os ucranianos de cruzar para a margem esquerda do rio, sob ocupação.

Quarta-feira, 7 de junho

O que diz a Rússia: Com os olhares ainda concentrados em Kherson devido à explosão da barragem, o Presidente russo voltou a apontar o dedo à Ucrânia, criticando aquilo que classificou como um crime de guerra “bárbaro”.

O que diz a Ucrânia: A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, sublinhou que as tropas ucranianas substituíram a postura defensiva pela ofensiva em Bakhmut. Em 24 horas, celebraram um avanço de entre 200 a 1.100 metros perto da cidade.

Quinta-feira, 8 de junho 

O que diz a Rússia: O ministro da Defesa denunciou uma tentativa para romper as linhas em Zaporíjia numa operação com 1.500 militares e 150 blindados ucranianos. Como resultado da batalha de duas horas, Kiev “perdeu” até 30 tanques, 11 veículos de combate e 350 soldados — números que não podem ser confirmados de forma independente.

O que diz a Ucrânia: A vice-ministra da Defesa disse que os russos estavam à defesa em Zaporíjia. Os esforços ucranianos pareceram concentrar-se na localidade de Robotnye, perto da autoestrada Orikhiv-Tokmak e fora da própria Orikhiv. Ações vistas por analistas como um esforço para cortar a ponte terrestre russa que liga as áreas ocupadas no sul do país à Crimeia.

Sexta-feira, 9 de junho

O que diz a Rússia: O Ministério da Defesa continuou a reportar fortes ofensivas, em particular perto de Velyka Novosilka (Donetsk) e a sul de Orikhiv (Zaporíjia). Garantiu que as ofensivas foram repelidas e voltou a divulgar um número significativo de baixas: cerca de mil vítimas ucranianos nos ataques.

O que diz a Ucrânia: A vice-ministra da Defesa admitiu que a situação é tensa em todas a frente, mas que o “leste é o epicentro” dos combates. Pouco  falou sobre o sul, onde “prosseguiam batalhas para estabelecer posições”, e voltou as atenções para as direções de Lyman, Bakhmut, Avdiiv e Marin, descrevendo batalhas intensas.

Sábado, 10 de junho

O que diz a Rússia: Nada de novo. O Ministério da Defesa relatou novos tentativas de ataque ucranianas “mal sucedidas” a sul da região de Donetsk e em Zaporíjia. Registou ainda ações ofensivas a leste de Bakhmut.

O que diz a Ucrânia: O Presidente Volodymyr Zelensky admitiu, pela primeira vez, que as forças ucranianas estavam ao ataque. No mesmo dia, a Defesa ucraniana revelou que as suas tropas avançaram 1.400 metros perto da cidade de Bakhmut.

Domingo, 11 de junho

O que diz a Rússia: Moscovo disse ter destruído sete tanques Leopard, de fabrico alemão, e cinco veículos Bradley norte-americanos. Os bloggers russos admitiram que os combatentes ucranianos perfuraram as linhas russas a sul da cidade de Velyka Novosilka, assumindo controlo de várias localidades.

O que diz a Ucrânia: As autoridades ucranianas celebraram a libertação de Blahodatne e Makarivka (Donetsk), enquanto a 129.º brigada ucraniana disse assumir controlo de Neskuchne. No dia seguinte, Kiev somava à lista Lobkove, Levadne, Novodarivka e Storozheve.

Contraofensiva ucraniana está em marcha, mas precisa de “golpe de génio” para enfrentar fortificações russas

É certo que a Ucrânia passou ao ataque, mas tem pela frente um longo caminho para recuperar os territórios ocupados pelas forças russas e regressar às fronteiras de 1991. O desejo é manifestamente assumido pela liderança ucraniana, defendido em particular pelo Presidente Zelensky, mas implica recuperar o controlo da península da Crimeia, que a Rússia anexou ilegalmente em 2014, após um referendo que não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional. Nesse esforço, conduzir uma contraofensiva bem sucedida é essencial e é para isso que Kiev se tem vindo a preparar ao longo de muitos meses, recebendo do Ocidente equipamentos militares modernos e formação para os seus combatentes.

[Já saiu: pode ouvir aqui o quarto episódio da série em podcast “Piratinha do Ar”. É a história do adolescente de 16 anos que em 1980 desviou um avião da TAP. E aqui tem o primeiro, o segundo e o terceiro episódios]

Muito se especulou sobre o que esperar da contraofensiva ucraniana e o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) já deixou algumas previsões. “A contraofensiva não deverá desenrolar-se como uma única grande operação, mas deverá consistir numa série de investidas em diversos locais, com proporções e intensidade variados ao longo de muitas semanas“, apontou o think tank norte-americano num relatório recente. Nos primeiros tempos são esperadas operações “mais lentas e difíceis”, dado o desafio de romper as posições de defesa em que a Rússia tem vindo a apostar.

"[Os russos] passaram os meses de inverno a construir a sua própria linha de Maginot, com armadilhas para tanques, bunkers e artilharia a postos. Não será fácil para o exército ucraniano penetrar nesta defesa bem preparada, particularmente na Crimeia."
Jamie Shea, membro do think tank Chatham House

De facto, ao longo de vários meses, as tropas de Moscovo têm vindo a estabelecer defesas fortes nos territórios que controlam. Os sistemas de trincheiras, fossos e campos minados garantem que a Ucrânia não terá uma tarefa fácil, agora que passou ao contra-ataque. Prova disso é um mapa divulgado por Brady Africk, especialista do Foreign and Defense Policy Studies, que mostra uma longa linha de fortificações russas que se interpõem no caminho de Kiev para recuperar as fronteiras de 1991. “É nesta [primeira] fase que pode registar-se o maior número de baixas”, reconhece o ISW, acrescentando que o sucesso ou fracasso do arranque “pode não ser aparente durante algum tempo”.

“Os russos aprenderam a sua lição”, reconhece Jamie Shea, do think tank Chatham House, quando questionado sobre as linhas de defesa russas. “Passaram os meses de inverno a construir a sua própria linha de Maginot, com armadilhas para tanques, bunkers e artilharia a postos. Não será fácil para o exército ucraniano penetrar nesta defesa bem preparada, particularmente na Crimeia”, reconhece Shea, em declarações ao Observador. O antigo oficial da NATO defende que para ultrapassar as fortificações russas os ucranianos vão mesmo precisar de um “golpe de génio” militar, à semelhança do que diz ter acontecido quando as forças nazis alemãs (Wehrmacht) romperam a linha Maginot francesa na operação “Scythe Cut” (maio-junho de 1940).

Mas, afinal, quais serão os principais eixos de ataque das Forças Armadas ucranianas? Jamie Shea refere que o “impulso” da ofensiva parece estar na região do Donbass, com os ucranianos a atacar na direção de Bakhmut e não só, mas também ao redor de Zaporíjia, numa tentativa para isolar a Crimeia da Rússia e recuperar o controlo dos portos no Mar Negro. Mas, sublinha, “ainda é cedo” e os ucranianos ainda não envolveram as novas brigadas, treinadas no Ocidente e armadas com equipamentos modernos. Isto, porque ainda se está a observar o que descreve como uma fase de “sondagem”, em que Kiev procura os pontos fracos da Defesa russa para poder aí montar um esforço maior.

Em concordância com Jamie Shea, o major-general Isidro de Morais Pereira, antigo representante de Portugal na NATO, aponta que o balanço da semana foi positivo, mas que a campanha ainda está longe de acabar. “O que parece é que estas operações vão decorrer durante todo o verão”, aponta, lembrando que este é o período em que as planícies ucranianas reúnem as condições necessárias para a movimentação dos pesados tanques e veículos de combate. O general não espera uma repetição do ano passado, “porque não há duas situações idênticas”, mas antecipa progressos contínuos das forças de Kiev. “Vamos assistir às forças ucranianas a conquistar paulatinamente terreno até ser encontrado um possível local onde o dispositivo das forças russas é mais fraco”, garante.

Se no ano passado as forças ucranianas encontraram um ponto fraco na região de Kharkiv — apanharam os russos de surpresa numa operação de contra-informação e recuperaram mais de um terço da região numa questão de dias –, por agora ainda estão a explorar as suas opções. Para já, Isidro de Morais Pereira refere que um primeiro ponto fraco afigura-se na zona em que a Ucrânia proclamou a libertação de algumas pequenas localidades. “A direção de ataque vem de Velyka Novosilka para sul, em que foram conquistadas as povoações de Blahodatne, de Makarivka e Neskuchne, todas seguidas, e esta segunda-feira, mais a oeste, a notícia de que foi conquistada uma outra localidade, Novodarivka, e que levou as tropas russas a retirar-se para outras posições”.

O “game changer” em falta para a contraofensiva

“A principal contraofensiva da Ucrânia ainda não começou. Falamos quando as grandes formações blindadas entrarem em batalha.” Esta é a posição assumida por Ben Hodges, antigo comandante das forças norte-americanas na Europa, que prevê que a Ucrânia vai usar entre 500 e 750 unidades de veículos blindados numa secção estreita da frente de guerra. Uma das grandes conquistas ucranianas dos últimos meses foi precisamente assegurar, pela primeira vez, o envio de tanques modernos do Ocidente a tempo de iniciar a aguardada contraofensiva.

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Os Estados Unidos deram o primeiro passo, com o Presidente Joe Biden a assumir disponibilidade para não só formar pilotos ucranianos na operação de aviões de combate mas também entregar caças a Kiev

AFP via Getty Images

Apesar da resistência inicial dos aliados — particularmente da Alemanha –, a Ucrânia viu chegar Leopards de vários países da NATO, Challengers do Reino Unido e os AMX-10 RC da França, bem como os veículos de combate Bradley e Stryker, dos Estados Unidos. Para já, nada de caças, descritos por Volodymyr Zelensky como as “asas para a liberdade” durante o seu périplo pela Europa e considerados por alguns analistas como elementos cruciais para o decorrer da contraofensiva.

Se alguns analistas consideram que estes equipamentos estão longe de ser uma “poção mágica” para acabar com a guerra, Jamie Shea defende que a entrega de caças está a ser demasiado demorada e que falta aos ucranianos um “elemento crucial da superioridade aérea”. O major-general Isidro de Morais Pereira vai mais longe e diz mesmo que os caças podem “virar o jogo” e ser decisivos para o sucesso das operações para recuperar território.

Os países ocidentais rejeitaram mais do que uma vez o pedido. Mas, durante a última cimeira do G7, em meados de maio, o Presidente norte-americano revelou que Washington estaria disponível não só para treinar pilotos ucranianos, como também para fornecer caças à Ucrânia. Joe Biden não avançou nenhum calendário, mas para o major-general português a entrega dos aviões de combate ocidentais pode começar dentro de dois a três meses. “Estou convencido de que em finais de agosto e início de setembro podemos ter as forças terrestres ucranianas apoiadas por aviões da quarta geração, o que trará um novo ímpeto às operações terrestres”, afirmou.

"Estou convencido que em finais de agosto, inícios de setembro podemos ter as forças terrestres ucranianas apoiadas por aviões da quarta geração, o que trará um novo ímpeto às operações terrestres."
Major-general Isidro de Morais Pereira

Neste momento, os Estados Unidos ainda não estão a treinar pilotos ucranianos, mas Polónia e Malta já começaram as atividades preparatórias. Vários países estão a colaborar para tornar possível o treino numa “coligação europeia”, na qual Portugal já disse ter disponibilidade para estar envolvido. Por agora, apenas a Dinamarca, a Noruega, os Países Baixos e os EUA já assinalaram que estariam disponíveis para ceder os modernos F-16. Países como Portugal e a Polónia já anunciaram que não há perspetivas de que venham a enviar aviões de combate para território ucraniano.

À falta destes equipamentos, Isidro de Morais Pereira considera que a Ucrânia não reúne todas as condições para levar a cabo uma contraofensiva em grande escala ao estilo de uma Blitzkrieg, com resultados visíveis de forma rápida. Também por isso, o major-general avisa: “Não vale a pena estar à espera de uma ofensiva retumbante e decisiva, porque vai levar tempo.”

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