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Por Marcelo Osakabe, Valor — São Paulo


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (27) que o modelo de privatização da Eletrobras é um fato jurídico consolidado e que não cabe a ele capitanear o debate sobre a reversão do processo.

"O modelo foi injusto, em minha opinião. Quem tem 40% dos votos não pode ter um conselheiro em nove", disse Silveira, que participou de evento da Arko Advice na capital paulista.

"Há uma consolidação dos termos da natureza jurídica da Eletrobras, que passou pelo Congresso."

Silveira avaliou que uma judicialização do processo é decisão "de governo". "Eu tenho que tratar a Eletrobras com a natureza que tem hoje. Tenho que cobrar plano de investimento, assistência para a população. Fazer as discussões do ponto de vista das respostas que temos que ter para atender a indústria nacional", disse.

Energia termelétrica

O ministro sugeriu "fazer uma discussão interna no governo" sobre os gastos contratados com energia termelétrica previstos na lei de privatização da Eletrobras, aprovada ano passado.

"Vi ali que temos 8 GW de energia térmica. Acho que tem espaço para rediscutir isso. Temos que estimular outras fontes energéticas que geram mais emprego e renda, que são mais perenes e equilíbrio energético, como a hidráulica. Quero ver se é possível discutir a quantidade ali aprovada em termelétrica", disse.

Ele ressaltou que essa discussão será construída com diálogo permanente. "Vamos fazer com muita parcimônia, equilíbrio, buscando sempre assegurar segurança jurídica, planejamento e previsibilidade. Não se corrigem distorções na base de tinta de caneta", afirmou.

Política de gás

Silveira declarou que o governo do presidente Lula tem como tarefa fundamental tornar o gás natural mais competitivo no país e que vai trabalhar para que essa modalidade seja melhor aproveitada tanto pela Petrobras quanto por outras petroleiras.

"É uma grande fonte energética que temos, mas que, hoje, é economicamente mal utilizada. Mais de 50% do gás, hoje, é reinjetado pelas plataformas, em uma visão exclusivamente comercial das petroleiras. Nós respeitamos a governança das petroleiras, mas sabemos que políticas públicas de segurança energética e alimentar devem ser implementadas pelo governo", afirmou.

"Nós vamos implementar política de gás mais adequada e petroleiras terão que cumprir com essa política."

Segundo Silveira, esse esforço envolve ampliar capacidade das estações de tratamento de gás na costa brasileira — algumas das quais não têm condição de trazer gás do pré-sal com a velocidade necessária — e aumentar investimentos nos gasodutos de escoamento entre plataformas e costa brasileira, entre outros. "Temos uma empresa pública que pode prestar solidariamente esse trabalho às petroleiras, que é a PPSA, e vamos fazer isso como política pública nacional."

O ministro notou que não existe um cálculo sobre o custo dessas medidas, mas estudos que mostram ser possível injetar água ao invés do gás natural pelas plataformas.

 — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
— Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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