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  • Bom dia,

    Obrigada por nos ter acompanhado neste liveblog. Abrimos agora um novo, para lhe dar conta dos principais desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia desta sexta-feira.

    Odessa. Zelensky acusa Rússia de “terror deliberado”. Não foi “um erro ou um ataque acidental”, defende

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde e noite do 127.º dia de guerra?

    Nas últimas horas, o Presidente russo garantiu que Moscovo não está a bloquear a exportação dos cereais dos portos ucranianos e responsabilizou o Ocidente pelos problemas do mercado alimentar mundial. Já o Presidente ucraniano celebrou a retirada russa da Ilha da Serpente, importante ponto estratégico e símbolo emblemático da resistência ucraniana.

    • As cidades e regiões europeias criam Aliança para a reconstrução da Ucrânia.
    • No seu discurso diário, o Presidente da Ucrânia celebrou a retirada russa da Ilha da Serpente.
    • A primeira-dama ucraniana considerou que o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, “colocou uma cruz” na paz da Ucrânia.
    • O ministro da Justiça sueco, Morgan Johansson, disse que uma decisão sobre a extradição de curdos do país tem de ser tomada por “tribunais independentes”.
    • Cerca de 16 milhões de ucranianos precisam de assistência humanitária e mais de seis milhões ainda estão deslocados internamente.
    • O porta-voz do Kremlin afirmou que a Rússia já não tem de cumprir as prescrições do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
    • A França anunciou a entrega de seis CAESAR howitzers e veículos blindados à Ucrânia.
    • As autoridades ucranianas revelaram uma campanha russa na Transnístria para recrutar membros para alargar o exército.
    • A Bulgária pediu à Rússia que mantenha canais diplomáticos abertos, após ameaça de fecho da embaixada.
    • A Rússia convocou a embaixadora britânica em Moscovo para expressar o forte descontentamento perante os comentários “ofensivos” do primeiro-ministro, Boris Johnson, sobre o Presidente russo.
    • O Presidente turco disse que voltará a vetar a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO se não for cumprido o memorando que assinou com os dois países.
    • O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, recusou que Moscovo esteja a bloquear a exportação de cereais dos portos ucranianos.
    • O ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia anunciou o corte das relações diplomáticas com a Síria, um dia após o país ter reconhecido a independência das repúblicas separatistas do Donbass e Lugansk.
    • O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, esteve em Moscovo com o homólogo russo a quem transmitiu a mensagem de Zelensky.
    • O Papa Francisco acusou de forma indireta a Rússia de desencadear uma “guerra cruel e sem sentido” contra a Ucrânia.
    • Autoridades ucranianas dizem que é “muito cedo” para criar posto avançado na Ilha da Serpente, após a Rússia ter confirmado a retirada do território.
    • O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, acusou o Ocidente erguer uma nova “cortina de ferro” em relação à Rússia no meio de uma crise diplomática sem precedentes sobre a guerra na Ucrânia.
    • A Grécia mostrou disponibilidade para providenciar navios para ajudar a exportar cereais da Ucrânia.

  • Cidades e regiões europeias criam Aliança para a reconstrução da Ucrânia

    Cidades e regiões europeias criam Aliança Europeia das Cidades e Regiões para a Reconstrução da Ucrânia. O objetivo desta união é ajudar as autoridades ucranianas a reconstruir infraestruturas.

    Cidades e regiões europeias criam Aliança para a reconstrução da Ucrânia

  • Zelensky: Ilha da Serpente é "sem dúvida a palavra principal"

    A Ilha da Serpente está novamente “livre”, disse hoje o Presidente da Ucrânia, num dia que ficou marcado pela retirada das tropas russas do local emblemático, símbolo da resistência ucraniana.

    “Zmiinyi é, sem dúvida, a palavra principal hoje”, afirmou Zelensky, referindo-se à libertação do local, mais conhecida como Ilha da da Serpente.

    No habitual discurso, divulgado no site da Presidência, o líder ucraniano lembra que a retirada russa não garante que o “inimigo” não vai voltar, mas limita as ações dos ocupantes significativamente.

  • Zelenska: invasão russa "colocou uma cruz sobre a nossa vida de paz"

    A primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, afirmou hoje que o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, “colocou uma cruz” na paz da Ucrânia. Em declarações à Rai1, a mulher de Volodymyr Zelensky admitiu que até aos ataques de Bucha e Mariupol o país não tinha entendido como os “inimigos” eram “desumanos”.

    Durante a entrevista, Zelenska referiu que, apesar das ofertas de amigos para ficar fora do país, nunca pensou deixar a Ucrânia. Esta é uma decisão da qual não se arrepende, uma vez que se sente mais tranquila na Ucrânia do que se estivesse no exterior.

  • Extradições são decididas por tribunais independentes, lembra Suécia

    O ministro da Justiça sueco, Morgan Johansson, afirmou hoje que uma decisão sobre a extradição de curdos do país tem de ser tomada por “tribunais independentes”.

    O acordo sobre os processos de extradição pendentes de “suspeitos de terrorismo” de organizações pró-curdas foi uma das condições impostas pela Turquia para levantar o veto à adesão da Suécia e Finlândia à NATO.

    Após o Presidente turco ter lembrado que os dois países nórdicos têm de cumprir as suas promessas, Johansson insistiu que cidadãos não suecos só podem ser extraditados caso a medida seja compatível com a lei do país e com as convenções internacionais.

  • ONU alerta para 16 milhões de ucranianos a necessitar de ajuda humanitária

    Cerca de 16 milhões de ucranianos precisam de assistência humanitária e mais de seis milhões ainda estão deslocados internamente. Segundo Osnat Lubrani, mais de 5,3 milhões fugiram para outros países.

    ONU alerta para 16 milhões de ucranianos a necessitar de ajuda humanitária

  • Rússia não tem de cumprir decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, avisa Kremlin

    O porta-voz do Kremlin disse hoje que a Rússia já não cumpre as prescrições do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH). Dmitry Peskov referia-se à ordem emitida pela instituição para que a Rússia garanta que os dois soldados britânicos capturados pelas forças russas não enfrentam a pena de morte.

    Aiden Aslin, de 28 anos, e Shaun Pinner, de 48 anos, foram capturados na cidade de Mariupol, em abril, quando combatiam ao lado das forças ucranianas. Os dois soldados foram condenados à morte pelo tribunal da região separatista de Donetsk sob acusações de “terrorismo”.

    Segundo a Sky News, Peskov revelou que a Rússia aprovou uma legislação para remover o país da jurisdição do principal tribunal de direitos da Europa. O porta-voz do Kremlin remete, assim, o “destino dos dois mercenários” para o Supremo Tribunal da República Popular de Donetsk.

  • França anuncia entrega de apoio militar à Ucrânia

    O Presidente francês, Emmanuel Macron, revelou que a França vai enviar seis CAESAR howitzers e veículos blindados para a Ucrânia.

    Numa publicação no Twitter, Macron lembra a decisão unânime dos aliados da NATO, que estiveram reunidos numa cimeira em Madrid, em aumentar a ajuda militar a Kiev.

  • Autoridades ucranianas revelam campanha russa na Transnístria para recrutar membros para o exército

    Os serviços secretos ucranianos avançam que está a decorrer uma campanha russa na região separatista da Transnístria com o objetivo de convencer homens a assinar um contrato com as forças armadas russas, revela o Kyiv Independent.

  • Bulgária pede à Rússia que mantenha canais diplomáticos abertos, após ameaça de fecho da embaixada

    O primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, pediu à Rússia que retire o ultimato no qual ameaça fechar a embaixada russa no país. A atitude de Moscovo surge após a Bulgária ter expulsado 70 membros da equipa diplomática por suspeitas de espionagem.

    A notícia desagradou à embaixada russa que, segundo uma nota a que a Reuters teve acesso, deu ao país até à meia noite de sexta-feira para reverter a decisão. Caso contrário, iria considerar por fim à presença física diplomática na Bulgária.

    Kiril Petkov pediu agora que Moscovo mantenha abertos os canais diplomáticos “pelo bem” do passado e futuro das relações entre os dois países.

  • Imagens de satélite mostram Ilha da Serpente após retirada das tropas russas

    Novas imagens de satélite da Maxar Technologies revelam os danos provocados pelos ataques russos na Ilha da Serpente, que foi hoje abandonada pelas forças russas.

    As imagens a que a BBC teve acesso foram retiradas durante esta manhã e mostram o que resta de infraestruturas e veículos queimados em vários pontos da zona norte da ilha.

    Numa segunda imagem, em infravermelho, as zonas a preto e cinzento mostram as áreas recentemente queimadas.

    A Rússia confirmou hoje a saída das suas tropas da Ilha da Serpente, sublinhando que se tratava de um “ato de boa vontade” para facilitar a exportação de cereais.

  • Rússia convoca embaixadora britânica para discutir "comentários ofensivos" sobre a Rússia

    O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou hoje a embaixador britânica em Moscovo para expressar o forte descontentamento perante os comentários “ofensivos” do primeiro-ministro, Boris Johnson, sobre o Presidente russo.

    Num comunicado oficial, o ministério revela que falou com a embaixadora Deborah Bronnert para protestar contra as declarações “grosseiras” da liderança britânica sobre a Rússia, o seu líder, as suas autoridades e o povo russo. No encontro também foram apontadas críticas às declarações britânicas por conterem “informações deliberadamente falsas”, nomeadamente sobre ameaças russas de usar armas nucleares.

    Segundo o The Guardian, a embaixadora recebeu um memorando no qual se refere que “a retórica ofensiva” dos representantes das autoridades do Reino Unido é “inaceitável”.

    A convocação da embaixadora surge na sequência do comentário de Boris Johnson, que disse que Putin não teria começado a guerra na Ucrânia se fosse uma mulher, classificando a operação militar russa como um “exemplo da masculinidade tóxica”.

  • Turquia voltará a vetar adesão sueca e finlandesa à NATO se não houver extradições

    Presidente turco disse que voltará a vetar a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO se não for cumprido o memorando que assinou com os dois países. O documento é “só um começo”, garante.

    Turquia voltará a vetar adesão sueca e finlandesa à NATO se não houver extradições

  • Putin nega bloqueio às exportações de cereais da Ucrânia e culpa tropas ucranianas

    O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, recusou hoje que Moscovo esteja a bloquear a exportação de cereais dos portos Ucrânia. “Nós não prevenimos a exportação dos grãos ucranianos”, assegurou num encontro o seu homólogo indonésio, Joko Widodo.

    Citado pela Sky News, o Presidente russo apontou o dedo às tropas ucranianas que “minaram as proximidades dos seus portos”. “Ninguém os impede de limpar essas minas e garantir a segurança do transporte dos cereais de lá”, afirmou Vladimir Putin.

    Numa conferência de imprensa conjunta, o Presidente russo garantiu que as sanções ocidentais são responsáveis pelos problemas do mercado alimentar.

    O líder russo desvalorizou ainda a importância da Ucrânia no mercado alimentar, afirmando que há apenas cinco milhões de toneladas de trigo no país, quantidade que diz “não afetar de maneira nenhuma o mercado global”.

  • Ucrânia corta relações diplomáticas com a Síria e vai impor embargo comercial

    O ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia anunciou hoje o corte das relações diplomáticas com a Síria, um dia após o país ter reconhecido a independência das repúblicas separatistas do Donbass e Lugansk.

    Num comunicado a que o The Guardian teve acesso, o ministério condenou a decisão síria, que descreveu como um “ato hostil”.

    O porta-voz do ministério ucraniano, Oleg Nikolenko, anunciou que a Ucrânia vai impor também um embargo comercial à Síria e aplicar sanções a pessoas e entidades do país.

    No seu discurso diário, na quarta-feira, o Presidente ucraniano já tinha reagido à decisão síria, afirmando que não haveria mais relações entre os dois países.

  • Presidente da Indonésia transmite mensagem de Zelensky a Putin

    O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, já transmitiu a Putin a mensagem de Zelensky, com quem esteve reunido em Kiev na quarta-feira.

    Russian President Putin Hosts Indonesian Counterpart Joko Widodo

    Joko Widodo chegou hoje a Moscovo para um encontro com Vladimir Putin. Apesar de não ter revelado o conteúdo da mensagem transmitida, expressou a sua “prontidão” para ajudar a iniciar a comunicação entre os dois líderes e garantiu que o país vai continuar a cooperar com a Rússia, revela a BBC.

    Numa conferência de imprensa em conjunto com o homólogo russo, Widodo manifestou o desejo de que a guerra acabe em breve.

    “Apesar da difícil situação externa, continua a ser importante avançar para um acordo e um diálogo aberto”, reforçou, pedindo aos líderes mundiais que reavivem o “espírito de cooperação”.

    Já Vladimir Putin avançou que a Rússia vai responder ao pedido da Indonésia de fertilizantes, cujo fornecimento foi afetado pela guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais. O líder russo concluiu que o encontro com Widodo foi produtivo e vai fortalecer a relação entre os dois países.

    Durante a conferência, Putin aproveitou ainda para reforçar que a culpa de uma crise alimentar global é do Ocidente.

  • Papa Francisco eleva o tom e fala numa "guerra cruel e sem sentido" na Ucrânia

    O Papa Francisco nunca tinha sido tão direto. O sumo pontífice acusou de forma indireta a Rússia de desencadear uma “guerra cruel e sem sentido” contra a Ucrânia.

    Citado pelo Guardian, o Papa Francisco mandou uma mensagem à Rússia (apesar de não mencionar o país). Moscovo deve “reconhecer que a conquista armada, o expansionismo e o imperialismo não têm nada a ver com o reino que Jesus proclamou”.

    Além disso, o Papa disse que o conflito na Ucrânia colocou os cristãos uns contra os outros: “Reconciliação entre os cristãos, como um meio de contribuir a paz entre pessoas em conflito, é algo que deve ser tomado em consideração nestes dias”, numa altura em que “muitos cristãos estão a lutar um contra o outro”.

  • Autoridades ucranianas dizem que é "muito cedo" para criar posto avançado na Ilha da Serpente

    Com a retirada das forças russas da Ilha da Serpente pode ser “muito cedo” para a Ucrânia estabelecer um posto avançado, avisou a porta-voz do Comando Sul do Exército Ucraniano.

    Em declarações à CNN, Natalia Humenyuk explicou que as forças ucranianas ainda não desembarcaram na ilha e que é necessária uma investigação antes da Ucrânia reivindicar o seu controlo, adiantando que por agora não é claro se as tropas russas se retiraram completamente.

    “Não podemos dizer que todos eles se retiraram, mas esperamos que tenham tido o bom senso de o fazer”, afirmou.

    Os militares ucranianos revelaram hoje que os russas abandonaram a Ilha de Zmiinyi, conhecida como Ilha da Serpente. A informação foi, entretanto, confirmada pelo ministério da Defesa russo, que descreveu a medida com “ato de boa vontade” para facilitar a exportação de cereais.

  • Ponto de situação. O que se passou durante a manhã e início de tarde

    Esta quinta-feira é o último dia de cimeira da NATO, a decorrer em Madrid. A manhã ficou marcada pelas declarações de vários líderes desta aliança e pela saída da Rússia da Ilha da Serpente. Deixamos um resumo dos principais acontecimentos das últimas horas:

    • Em conferência de imprensa, Joe Biden adiantou que os Estados Unidos vão entregar mais 800 milhões de dólares em armas à Ucrânia. E garantiu que a NATO vai defender “cada centímetro” do seu território.
    • O BCE deverá anunciar o próximo programa de compra de dívida a 21 de julho e Portugal estará no grupo dos países “recetores”.
    • Finlândia e Suécia deverão assinar pedido de entrada na NATO na próxima terça-feira, adiantou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO.
    • António Costa também falou depois da reunião que decorreu de manhã entre os líderes da NATO e sublinhou que foram definidas “novas medidas de apoios globais à Ucrânia”. E adiantou que alcançar os 2% do PIB para a Defesa é um objetivo que o Governo pretende alcançar ainda esta década.
    • Vyacheslav Volodin, presidente do parlamento russo, avisou que a NATO terá “mais Rússia” nas suas fronteiras com a adesão da Suécia e da Finlândia.
    • Depois de ter libertado 144 soldados ucranianos, a Rússia disse que já foram capturados seis mil militares do exército da Ucrânia.
    • O presidente russo reagiu às piadas feitas pelos líderes do G7, sobre as fotografias em tronco nu e afirmou que “seria uma visão repugnante” ver esses mesmos líderes fazer o mesmo.
    • A Rússia confirmou a saída da Ilha da Serpente, sublinhando que se tratava de um “ato de boa vontade” para facilitar a exportação de cereais.
    • Um primeiro cargueiro russo com cereais a bordo, escoltado pela Marinha de Guerra de Moscovo, saiu do porto ucraniano de Berdiansk com sete mil toneladas de cereais.
    • Uma pessoa morreu e seis ficaram feridas, incluindo uma criança de 11 anos, nos ataques das forças russas em Kharkiv.

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