A CLIA Brasil, braço da associação internacional que representa grupos como MSC e Costa, informou nesta segunda-feira que a categoria resolveu suspender, de forma voluntária, a atual temporada de cruzeiros até 21 de janeiro de 2022.
“Durante esta pausa, a CLIA está trabalhando, em nome das companhias de cruzeiros que operam no país – MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros – para buscar alinhamento com as autoridades do governo federal, Anvisa, estados e municípios nos destinos que operamos em relação às interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido aprovados no início da atual temporada, no mês de novembro”, disse a CLIA, em nota.
Segundo a associação, nas últimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma série de situações que impactaram diretamente as operações nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento impraticável.
Os cinco navios em operação na costa brasileira registraram casos de covid-19. São eles: MSC Preziosa, Costa Fascinosa, MSC Seaside, MSC Splendida e Costa Diadema. A Anvisa havia detectado 301 casos de pessoas infectadas até o dia 31 de dezembro. O MSC Splendida, na tarde de ontem, foi impedido de fazer seu próximo cruzeiro devido aos casos de covid.
A CLIA destacou ainda que a suspensão terá efeito imediato. Os cruzeiros atuais vão finalizar os seus itinerários conforme o planejado.
“A CLIA Brasil lamenta que as companhias tenham sido levadas a tomar essa decisão no Brasil, dado que os protocolos de saúde e segurança dos navios continuam mostrando a sua eficiência, destacando-se como um exemplo a ser seguido em todo o mundo”, disse.
A associação afirma que desde o início da atual temporada, em novembro, o setor registrou menos de 400 casos confirmados, o que representa 0,3% dos 130 mil embarcados.
Eles destacaram ainda que a temporada atual, que começou em novembro de 2021, tem previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos. A estimativa feita pela associação junto com a FGV estima que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia brasileira. A cada 13 cruzeiristas, um emprego é gerado.