O bom momento para o setor de turismo nas festividades do fim do ano reforçou o otimismo do segmento para 2022, quando entidades e empresários esperam forte demanda por pacotes e viagens.
O mercado mostra reação, mesmo com a ômicron — esta variante do coronavírus, embora mostre capacidade alta de contágio, tem índice de mortalidade significativamente inferior às variantes anteriores e boa parte dos brasileiros está vacinada. Assim, o turista, mais confiante, voltou a pesquisar e comprar viagens.
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Às vésperas da virada do ano, a rede hoteleira da cidade do Rio de Janeiro mostrou taxa de ocupação média de 92%, de acordo com a pesquisa do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO), divulgada pelo Valor.
Já em São Paulo não há um levantamento semelhante, mas integrantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP) apontam que os resorts e hotéis do estado estão começando a ir bem depois de um período de muita dificuldade, embora não tenham chegado a lotar. A estimativa com base nas conversas com empresários do setor, segundo Antônio Dias, vice-presidente da Abih-SP, é de que os principais resorts em São Paulo estão com ocupação média em 80%. “Mas não é dado oficial, ainda não fechamos esse levantamento”, disse.
Frederico Levy, vice-presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), informou que o mês de dezembro foi aquecido tanto no nacional quanto no internacional. “A variante nova fez diminuir drasticamente as consultas no internacional, mas não cancelamentos”, disse. O doméstico continuou forte e antes mesmo da chegada da ômicron muitos destinos já estavam perto da lotação.
A estimativa para o ano de 2022 é forte, inclusive em relação ao mercado internacional. “Já temos uma demanda significativa. Europa de forma geral, principalmente o que está aberto há mais tempo, como França, Suíça, Portugal. Temos destinos como Estados Unidos em que o ano que vem inteiro vai ser de venda feita”, disse.
A dica que Levy deixou aos viajantes nesse período de pandemia é se atentar aos protocolos de saúde do destino, sobretudo no caso internacional. Ele destacou que um passageiro para voltar ao Brasil precisa apresentar um teste de PCR com 72 horas antes do embarque ou um deste de antígeno com 24 horas. Nos Estados Unidos, em que a demanda por turismo cresceu muito, os laboratórios estão enfrentando dificuldades para fazer frente à forte demanda e alguns resultados estão demorando até dois dias para ficar prontos, no caso do PCR. “É importante o passageiro se programar e não deixar para a última hora, correndo o risco de perder o voo”, disse.