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Por Rafael Rosas, Valor — Rio


(Texto foi alterado para corrigir a informação de que a dívida líquida da Vale encerrou o primeiro trimestre negativa, e não positiva, conforme publicado anteriormente, em US$ 2,136 bilhões)

A Vale fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 5,546 bilhões, uma alta de 2.220% frente ao ganho de US$ 239 milhões do primeiro trimestre do ano passado — e acima da média das projeções de analistas compiladas pelo Valor, de US$ 5,435 bilhões.

Já a receita líquida da mineradora avançou 81,4% na mesma comparação, para US$ 12,645 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 189,7%, para US$ 8,35 bilhões.

No balanço publicado nesta segunda-feira (26), a mineradora ressaltou que o Ebitda ajustado pro forma — que exclui as despesas relacionadas a Brumadinho e à covid-19 — atingiu US$ 8,647 bilhões, valor recorde para um primeiro trimestre, quando os volumes são sazonalmente menores frente ao fim do ano devido principalmente ao período de chuvas. Mas a Vale destacou que neste ano esses valores menores foram compensados pelos preços mais altos das commodities.

No caso do minério de ferro, principal produto da companhia, o preço médio realizado no primeiro trimestre foi de US$ 155,5 por tonelada, quase o dobro — uma alta de 85,5% — frente aos US$ 83,8 por tonelada do primeiro trimestre do ano passado. Os preços entre janeiro e março também ficaram acima do quarto trimestre, quando a média realizada pela empresa ficou em US$ 130,7 por tonelada. Nessa comparação, a alta foi de 18,9%.

Em reais, a mineradora teve lucro de R$ 30,564 bilhões entre janeiro e março, contra US$ 984 milhões nos três primeiros meses do ano passado. A receita líquida da mineradora foi de R$ 69,3 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 121,8% na mesma comparação, enquanto o Ebitda subiu 253,9%, para R$ 45,74 bilhões.

 — Foto: Julio Bittencourt/Valor
— Foto: Julio Bittencourt/Valor

Dívida líquida

A dívida líquida da Vale encerrou o primeiro trimestre negativa em US$ 2,136 bilhões, depois de terminar o primeiro trimestre do ano passado positiva em US$ 4,8 bilhões. No quarto trimestre, a dívida líquida havia sido negativa em US$ 898 milhões.

A companhia divulgou ainda que a dívida líquida expandida diminuiu para US$ 10,712 bilhões em 31 de março de 2021, principalmente como resultado da redução da dívida bruta e do impacto da taxa de câmbio sobre os compromissos denominados em reais. Essa dívida líquida expandida — que inclui compromissos relevantes da empresa, como despesa para reparação de Brumadinho — era de US$ 13,334 bilhões no fim do quarto trimestre e de US$ 15,686 bilhões no fim do primeiro trimestre do ano passado.

“Olhando para o futuro, a dívida líquida expandida deve tender ao nível de referência de longo prazo de US$ 10 bilhões à medida que continuamos a gerar caixa, cumprir nossas obrigações, distribuir fortes dividendos e recomprar nossas ações, em linha com nossa estratégia de alocação de capital disciplinada”, diz a Vale, no balanço divulgado nesta segunda-feira (26).

O prazo médio da dívida era de 9,1 anos em 31 de março de 2021, ligeiramente superior aos 8,4 anos em 31 de dezembro de 2020 após o resgate dos bônus da empresa de 2023. O custo médio da dívida, após os swaps de moeda e taxa de juros, ficou em linha com o quarto trimestre de 2020 em 4,58% ao ano.

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