A consultora Oxford Economics considerou este domingo que a inflação em Moçambique deverá descer este ano para os 4,5%, em média, mas subirá novamente para 7% em 2025 devido à pressão colocada pelos megaprojetos do gás.

“A construção do projeto de gás natural liquefeito da TotalEnergies a partir do segundo semestre e os esforços de reconstrução das províncias dilaceradas pela guerra no norte vai requerer grandes quantidades de dinheiro, bens e serviços, o que vai colocar as cadeias de abastecimento sob pressão”, argumentam os analistas do departamento africano da Oxford Economics.

Por isso, acrescentam que “prevê-se que a taxa de inflação média vá abrandar de 7%, em 2023, para 4,5% em 2024, aumentando novamente para mais de 7% no próximo ano”.

No comentário aos preços de março, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Oxford Economics diz que há mais risco de subida do que descida da inflação “devido à contínua escalada da guerra entre o Hamas e Israel, que pode causar uma forte subida nos preços do petróleo, e ao El Niño, que pode originar chuvas abaixo da média na época da plantação, aumentando os preços dos alimentos no país”.

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Moçambique registou uma inflação homóloga de 3% em março, face ao mesmo mês de 2023, uma nova queda mensal consecutiva, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados do INE no Índice de Preços no Consumidor (IPC) indicam que Moçambique “registou uma subida do nível geral de preços na ordem de 3,03%” a 12 meses, face a março de 2023 e que as divisões de Educação, de Restaurantes, Hotéis, Cafés e Similares, e de Alimentação e Bebidas não Alcoólicas “foram as que tiveram maior subida de preços, ao variarem com 10,39%, 5,93% e 4,94%, respetivamente”.

A inflação homóloga em fevereiro (12 meses) foi de 4%, em janeiro de 4,19% e em dezembro de 5,3%.

Moçambique fechou o ano de 2023 com uma inflação homóloga, a 12 meses, de 5,30% e 7,1% de média a um ano, segundo dados anteriores do INE, quando a previsão oficial do Governo era de 7%.

O Governo moçambicano anunciou em 13 de fevereiro que o país registou um crescimento económico de 5% em 2023 face a 4,4% em 2022, destacando uma “expansão económica” que superou a média regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).