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Por Valor — São Paulo

Um pequeno grupo de radicais republicanos destituiu ontem o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, em uma votação histórica que deve deixar a Casa sem liderança por pelo menos vários dias.

A destituição mergulha a Câmara em um período de incertezas. Nunca um presidente da Casa havia sido removido. Não há um sucessor claro para McCarthy e sua queda mostra que o Partido Republicano está refém de cerca de uma dúzia de dissidentes. Após a derrota, McCarthy disse que não disputaria novamente ao cargo.

McCarthy foi removido do cargo — que ocupava desde janeiro e para o qual só foi eleito após 15 rodadas e intensas negociações — por 216 votos a favor e 210 votos contrários à moção. Foi um acordo que fechou no sábado com os democratas, para evitar temporariamente a paralisação do governo, que levou os radicais de seu partido a pedir sua remoção.

Em uma indicação da falta de clareza sobre o futuro, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene, uma aliada de McCarthy, declarou: “Ninguém se apresentou e ninguém demonstrou interesse em concorrer à presidência”. “Ninguém tem apoio no grupo como Kevin McCarthy. Então essa tem sido minha pergunta o tempo todo: qual é o plano, e não há um plano, e acho que essa é a parte mais preocupante sobre isso”, acrescentou.

Matt Gaetz, um republicano ultraconservador, apresentou a moção para afastar McCarthy. Para o sucesso de sua iniciativa, ele contou com votos de democratas que acusavam o então presidente da Câmara de ser incapaz de controlar sua bancada — o que colocava frequentemente o governo em dificuldades para obter consensos bipartidários sobre o financiamento de programas e o pagamento de salários para servidores.

Com as divisões internas, a percepção de que o fraturado Congresso americano tem se tornado cada vez menos funcional tem aumentado. Baseado nessa premissa, a agência de classificação de risco Moody’s alertou na semana passada sobre os abalos à confiança nos EUA em razões de preocupações com a governança do país.

O deputado Patrick McHenry, que é líder da Comissão de Serviços Financeiros da Câmara, foi nomeado presidente interino da Casa. Mas já antecipou que não pretende permanecer no cargo.

Para obter alguma estabilidade no cargo, o próximo presidente da Câmara terá de alcançar um consenso ainda maior do que o obtido por McCarthy em janeiro — mesmo tendo pela frente negociações difíceis como a forma de manter o governo funcionando após 17 de novembro, além de questões controvertidas que incluem políticas sobre o aborto, imigração e a redução de gastos sociais pretendida pelos políticos republicanos.

Ao fechar o acordo para evitar a “paralisação” do governo no sábado, McCarthy tinha pelo menos deixado aberta a possibilidade de apresentar um pacote de ajuda à Ucrânia — uma prioridade para o presidente Joe Biden, que tinha ficado fora do pacto.

Antes da votação da moção, vários republicanos moderados pediram a palavra para atacar Gaetz e seus aliados — quase todos ligados ao movimento Maga (de façam os EUA grandes novamente), do ex-presidente Donald Trump. “Eles [os radicais] estão dispostos a mergulhar este Congresso no caos e este país na incerteza por razões que só eles entendem”, disse o deputado Tom Cole.

Em resposta, Gaetz atacou o presidente da Casa. “O caos é McCarthy. O caos é alguém em quem não podemos confiar suas palavras.”

Republicanos centristas alertaram que a destituição de MacCarthy colocaria em risco a ajuda à Ucrânia, com efeitos em cascata para a proteção a Taiwan e outras questões de interesse dos EUA internamente e pelo mundo.

Os democratas, por seu lado, consideram o problema inteiramente da responsabilidade do Partido Republicano. “Há uma questão fundamental que envolve este tema: McCarthy não pediu nada”, disse a deputada governista Abigail Spanberger. “Todos sabem que há uma regra básica na política: se você quer um voto, você pede um voto.”

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