Finanças
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Por Roberta Costa e Gabriel Caldeira, Valor — São Paulo

O Federal Reserve (Fed) optou pela manutenção das taxas de juros no nível mais alto em 22 anos, no intervalo entre 5,25% e 5,50%, conforme esperado, mas sinalizou que poderá fazer mais um aumento ainda este ano. Com a atividade econômica mais forte do que o previsto, a maioria dos participantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) também espera que será necessário manter as taxas de juros perto do patamar atual durante 2024 - um nível restritivo de política monetária.

A atualização de seu Sumário de Projeções Econômicas (SEP) mostrou que 12 membros do Fomc ​​esperam aumentos juros mais uma vez este ano, o mesmo número que viu este cenário em junho, na atualização anterior.

A mediana das projeções dos 19 participantes mostrou que a Fed Fund Rate seria reduzida para cerca de 5% até ao fim de 2024, implicando dois cortes no próximo ano, caso suba mais uma vez este ano.

Houve também uma revisão mais forte do crescimento do PIB para 2023 e 2024, para 2,1% (de 10,0%) e 1,5% (de 1,1%). Para 2025 e 2026, as mediana ficaram em 1,8%, respectivamente.

Já a taxa de desemprego deve cair mais moderadamente em relação ao quadro desenhado em junho. Para este ano, o Fomc agora espera um aumento menor no desemprego em comparação com as suas projeções de junho. A taxa de desemprego, que ficou em 3,8% em agosto, subiria para 4,1% em 2024, de 4,5% esperado em junho.

Em relação à inflação, a mediana para a inflação subjacente anual (núcleo excluindo alimentos e energia) caiu para 3,7% no quarto trimestre, em comparação com 3,9% no SEP anterior. De fato, desde a reunião anterior do Fed, em julho, a inflação mostrou sinais generalizados de perda de fôlego.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na entrevista coletiva que concede após a decisão de juros, que a atividade econômica recente tem sido “sólida”, tem “superado as expectativas” e que todos os efeitos do ciclo de aperto do Fed ainda não foram totalmente sentidos.

“As leituras sobre os gastos dos consumidores têm sido particularmente robustas”, disse o chairman do Fed, observando que o mercado de trabalho permanece apertado, mas com melhor equilíbrio. Já a taxa de desemprego quase não subiu desde seus recentes patamares mínimos abaixo de 4%. “A taxa em 3,8% ainda é baixa”, disse Powell. “Ainda há mais vagas de emprego do que trabalhadores disponíveis, embora a proporção tenha diminuído nos últimos meses”.

Apesar da pressão de preços persistente, Powell observou que as expectativas de inflação permanecem “bem ancoradas”.

'Pouso suave'

Powell disse estar satisfeito com a força inesperada do PIB e do mercado de trabalho neste ano. “É uma coisa boa que a economia esteja forte e que tenha sido capaz de resistir ao recente aperto da política [monetária]”, disse ele, acrescentando que um “um 'pouso suave' é plausível”, mas “não diria que é o nosso cenário base”.

Powell citou como alguns dos possíveis fatores para a resiliência da economia os balanços das famílias e das empresas, que estão mais fortes do que o esperado, e que sustentaram os gastos. “Se a economia for mais forte do que o esperado, isso significa apenas que teremos de fazer mais para voltar para a meta de 2%” [de inflação], disse o chairman, embora uma desaceleração econômica ou recessão “seja sempre uma preocupação”.

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