Cerca de um terço das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) realizadas ou em processo atualmente no Brasil é de empresas que não irão dar certo no longo prazo, afirmou Ricardo Knoepfelmacher, fundador da RK Partners, na Live do Valor desta quinta-feira.
“Após Oi e Odebrecht, não tem mais nenhum grande caso [de recuperação judicial], o que temos hoje é um grupo enorme de IPOs, com empresas no limiar de recuperação judicial e que levantaram recursos com IPO. Mas vejo que um terço desses IPOs não vai dar certo em 2021 e 2022”, comentou Ricardo K, como é conhecido o especialista em reestruturação de empresas.
Ele usou como exemplo de críticas o setor imobiliário, que fez uma “enxurrada” de IPOs alguns anos atrás e, depois, viu muitas empresas passarem a valer 5% do valor da oferta. Segundo ele, o setor vive um novo momento de euforia e várias empresas vão ter dificuldades no mercado de capitais. “Contudo, não sei se é limitador do crescimento do PIB. O grande problema está no investidor não qualificado que está experimentando pela primeira vez a bolsa”, entende.